Dia 17 - Sábado

As semanas passam a correr.

Há uma semana atrás foi da de almoçar com os avós e João  em casa da mãe e ir buscar a Mima ao Parque das Nações.

Numa semana um reboliço de vida.

Uma semana depois o avô está internado, o João fez anos e organizámos-lhe (eu e tias) uma festinha, o filhote ficou derreado e dorme que nem um anjo e amanhã é domingo, dia de me atirar À roupa para passar. Essa vai ter MESMO que ser!

Dia 16 - 16 dias, quase fim de férias, muito para fazer e muito pouco feito

Quando soube que ia ficar nesta situação alinhavei o meu tempo de acordo com os horários do marido de modo a concretizar uma série de coisas em casa que andavam pendentes há meses - até mesmo anos.

Ia poder dar uma volta imensa e tão desejada e necessária na cozinha, ia poder dar outra volta parecida na varanda (coisa que só se pode fazer  quando o marido está no horário da manhã) e até no quarto do filhote.

No quarto do filhote já está. A cozinha vai a meio. A varanda nem se pode lá entrar. 

É o caos. é o descontrolo.

Detesto. Detesto fazer um plano de como irei ocupar o tempo, e neste caso com coisas importantes e necessárias, e desatem a surgir imprevistos. Ou chove torrencialmente dias a fio, ou é uma carta de uma conta com 4 anos em que estava isenta, ou é um almoço de família, ou é uma visita surpresa da Mima, ou é uma carta surpresa da SS a exigir a devoluçao de quantia recebida por direito, ou é filhote doente, ou é avô hospitalizado... nada, NADA corre como pensei.

A esta altura já queria ter cozinha e varanda despachadas, já queria estar inscrita num curso de actualização de SHT, já queria ter entregue mais CV's e candidatado a anúncios e o que fiz? Fui a uma retrosaria, andei pelo hospital de Cascais, pela SS, na farmácia, por Lisboa, na escola do filhote, a ir buscar amigas, em compras, em sei lá o quê.

Também não li nem passei a ferro.

16 dias passaram sem dar conta se foram úteis ou não.

Entretanto o avô lá está no SO, o filhote, melhor, foi à escola, eu lá escrevi as cartas à SS e fui entregar e estive, com a ajuda do filhote, a preparar mousse para levar para a festinha do João amanhã. 5 anos são 5 anos! Uma mão cheia!

Dia 15 - Caraças... em casa há 15 dias... e más notícias

O filhote ficou de prevenção em casa comigo. Lá fui fazer umas compras de manhã e ele ficou com o papá, já é 5ª feira e eu com 9/10 da cozinha para limpar, mudar, arrumar - sei lá, de tarde nada de escrever nada à SS, o prazo a passar e eu sem escrever nada, a minha mãe passou por cá depois de ir ao dentista, trouxe uma máscara muito gira para o filhote, brincou com ele, bebemos chá, ela levou o trem de cozinha que era dela, esteve cá 15 anos e agora regressa a ela.

Ao fim do dia, a terminar o banho, um telefonema dela, o meu avô foi hospitalizado com uma hemorragia interna.

Veremos o que decorre nas próximas horas.

Fingers crossed.

Dia 14 - Se era para ser desta foi só meia

Lá me decidi que era desta que me ia atirar à cozinha. E até comecei a atirar-me, mas às 14h30 ligaram da escola a dizer que o filhote estava queixoso dos ouvidos e fui buscá-lo. Realmente estava bem chochinho. Tão chochinho que lhe dei brufen e caiu a dormir mais de 2h. 

Foi o tempo de limpar 1/10 da cozinha.

Isto realmente tem mesmo que se aproveitar a fazer as coisas quando se tem a oportunidade, porque se se deixa escapar... lá se vai tudo.

Nem se limpa cozinha nem se escrevem cartas a reclamar à SS. 

Dia 13 - 13? Hó-how! #2 - E ainda não fiz NADA do que tenho para fazer.

Já são quase 13h. às 16h15 vai haver reunião de pais.

Supostamente tinha que já ter escrito a exposição à SS e já tinha que ter limpo os armários e azulejos da cozinha (foi o que me propus a fazer hoje, ok??)

Até agora falei ao telefone, estive no face e pronto, vá lá, pus uma roupinha a lavar para a  aproveitar o sol. 

Agora é que me vou atirar às cartas à SS. Tem que ser e pronto!

Dia 13 - 13? Hó-how! #1 - assunto tablet: resolvido

Filhote no JI (feliz da vida como sempre) e marido prestes a sair de casa para aproveitar que está no turno tarde noite para almoçar com uns ex-colegas.

A cosa começa logo mal porque aproveitei que ele ia para aqueles lados para pedir que fizesse a troca do tablet do filhote e não queriam fazer. Queriam que OU ele pagasse o valor do outro OU deixásse para reparação. A minha própria chefe, que no dia em que comprei assegurou que em caso de problema fazia-se uma troca sem stress, disse que não efectuava a troca. De ressalvar três questões: 

1 - ainda estamos na época de saldos 

2 - para me precaver com receio que uma destas coisas pudesse acontecer pedi à minha colega que autorizou esta troca que o deixasse escrito 

3 - ainda estamos dentro do prazo de troca 

Liga-me o marido entretanto a dizer que não, que a minha chefe não autorizava e que a minha colega não tinha nada que ter escrito o que escreveu. 

Ai é? Então o tablet fica aí para reparação e tu escreves no livro de reclamações. 

Fez-se o dling dlong. 

Fizeram a troca.

Este é um assunto resolvido.

Dia 13 - 13? Hó-how! #3 - Ufff... que dia!

Não me atirei às cartas da SS.

Fui para a reunião de pais, fiquei triste com as notícias, o meu filho segue um liderzinho de 4 anos e eu tenho que acompanhar muito bem essa relação entre os dois.

E por causa da notícia "bombástica" foram telefonemas para cá e para lá com a mãe do líder entre tachos e panelas e banho ao filhote... esta semana em que o marido está no horário de sair às 00h é a pior para mim.

Dia 12 - Mais um dia "caixinha de surpresas"

De manhã acordámos e deixámos o filhote no JI. Lá ia ele feliz da vida com a sua Mima!

Eu e a Mima fomos até à Natália beber um café, a esplanada estava  uma delícia, mas... chegou a hora de a ir pôr a casa. A final a visita dela cá era mesmo relâmpago e há que passar tempo com todos. Fui uma sortuda por estar tanto tempo com ela.

Ainda passei na casa do meu pai para deixar uns brinquedos que o Gui já não usa para ele deixar na igreja dele.

De regresso a casa para almoçar com o marido antes dele sair para o trabalho (o turno desta semana é 15h30/00h) dá-me ele uma carta bombástica. Então não é que a Segurança Social nos está a cobrar a majoração de 10% que recebemos quando estivemos ambos desempregados em 2012? A semana passada foi a factura do Hospital de quando eu estava isenta, agora esta conta... este estado está na falência e continua a sugar tudo quanto pode. Ligar para a SSDirecta - ninguém atendeu. Ligar para o IEFP, lá segui as indicações, fui a correr para o Centro de Emprego com a declaração do período de desemprego de ambos e ainda arrisquei a ir à SS. Tive sorte, a senhora que me atendeu não sabe explicar nem o motivo do pedido de devolução nem o porquê do filhote não ter tido abono desde 2012. Recomendação: fazer uma exposição por escrito aos serviços centrais.

Amanhã é isso que vou fazer.

Logo eu que estou em casa já há tanto tempo e ainda não consegui fazer NADA do que queria porque há sempre qualquer coisa a meter-se no meio ou então o turno do marido não deixa...

Mas amanhã vai ser dia! Ai se vai!

Dias 10 e 11 - Fim-de-semana. Nem sei se conta como férias! - Caguei para as férias

Foi um bom fim-de-semana, foi.

Sábado almoço de família com os avós, irmão,  cunhada e sobrinhos que vieram fazer uma visita relâmpago. O filhote adora os primos!

À tarde fomos ao Parque das Nações buscar a Mima que também veio de Inglaterra para uma visita relâmpago-surpresa. Foi mesmo bom. Acabámos a jantar em casa da outra mimoca que já não nos víamos há "n". Sem dúvida que ter fins-de-semana é um luxo!

Domingo cedo fomos à Micolândia reencontrar filhotes e papás da preparação para o parto. Fomos todas,  incrível como deu!

Os miúdos divertiram-se e o filhote ainda foi convidado pela Júlia, que por coincidência ficou na turma dele no Jardim de Infância e acabámos lá a tarde.

À noite a Mima veio cá dormir como prometido ao filhote. Ele estava nas nuvens!!

Foram dois das em cheio! Yey!

Dia 9 - Apesar de ser o 9º dia em casa já nem sei a quantos dias de férias vou

Não devia ter deitado fora o horário. Já não sei a quantos dias de férias vou à conta de termos horários malucos que supostamente são feitos automaticamente por um programa Sisqual.

(Sisqual, "amigo", se te apanho à frente deixas de  ser um programa, passas  a ser um kodek).

Fui deixar o filhote na escola como sempre, fui ao Fórum buscar as minhas análises (ai que saudavelzinha que eu estou) e acabei por passar no PD para comprar o almoço.

Ao chegar ao estacionamento fui abordada por uma imigrante que disse ela morrer de vergonha e de fome. Pediu-me carne e gel de banho mas recusou vir comigo comprar mas coisas. Voltei ao PD, trouxe-lhe carne, gel de banho, pão e um chocolate para o filho. 

Lá voltei para casa, comi, o dia esteve uma nódoa - como os outros: chuva - sol - chuva - sol, nem dá para fazer nada nem para deixar de fazer. E um frio do caraças! 

Como foi 6ª e o marido já não ia trabalhar essa noite até tinha pedido para o acordar "cedo", mas com uma interrupção de sono por causa de um assunto pendente da NÓS (continuo a detestar a NÓS) achei que era melhor dormir mais.

E o resto foi uma tarde normal a resolver sudokus e depois irmos buscar o filhote.

Dia 9 - A minha vida profissional pode ser uma m*rda mas...

... epá, se o meu filho de 4 anos consegue resolver um sudoku, ainda que simples, então o tempo para ele vale a pena!

Ontem surpreendeu-nos com a resolução de 3 ou 4 sudokus assim simples!

Dia 8 - e depois de resolver as coisinhas no Hospital...

De caminho parei no Cascaishopping. Precisava de ir à farmácia e ali ficava mesmo em  caminho.

Caraças. Uma pessoa compra meia dúzia de remedinhos da treta e paga logo os olhos da cara!

Aproveitei para dar um saltinho à FNAC, falar aos colegas (ex-colegas?)... tenho saudades das minhas revistas, do meu part-time, da minha rotina e autonomia no trabalho. 

Pergunto-me: o que esperará por mim?

Depois vim para casa, pus-me ao computador a não fazer nada. Não que não tivesse coisas para fazer, até tinha (tenho) muitas, imensas!!:

- limpar o fogão e exaustor exaustivamente

- limpar os armários da cozinha -» por dentro!

- limpar toda a cozinha - azulejos e exterior dos armários

- rever os brinquedos do filhote para dar a quem precisa (que eu preciso de espaço para os brinquedos que vão chegando!)

- aspirar todos e cada recanto e dar uma (revira)volta ao quarto e à varanda

editado: e também limpar cada vidrinho e caixilho. E a humidade que se formou este inverno. E...sei lá mais o que me espera!

Mas como marido neste turno, a dormir de dia, só me resta ficar bem "sogadinha" e não fazer barulho para que ele descanse bem...

Dia 8 - mais férinhas

E não é que ao fim do dia de ontem tinha uma carta do Hospital de Cascais a facturar-me uma consulta pré-Natal (de 3 dias antes do filhote nascer, há quatro anos e um mês atrás) e umas análises feitas uma semana depois do parto antes de entrar para o BO?

Não. A sério. É que nem de férias eu tenho descanso. Lá fui eu esta manhã pôr o filhote no JI  e sair para ir ao HCascais para reclamar. 

Afinal a consulta já nem constava no sistema e quanto às análises existe uma lei (?) em que a isenção se prolonga até um mês  depois da criança nascer.

Então porquê as ameaças? Porquê? Porquê escreverem como se por 6,5€ eu fosse uma criminosa a fugir às minhas despesas?

Atirar o barro à parede, foi o que foi. 6,5€ aqui e 6,5€ ali e dá muito "6,5"€ para as continhas do estado. Ah pois é...

Um bom dia para fazer uma coisa nunca antes feita

Hoje também foi um bom dia para concorrer a um concurso literário de um conto infantil.

Vizinhos de abalada - o desemprego a fazer das suas

Os vizinhos do 4ºD estão de abalada. Venderam a casa e alugaram outra. Estão os dois desempregados (contou-me ela numa conversa fugaz quando nos encontrámos à entrada do prédio, ia eu a sair com o filhote para ir comprar o jantar) e assim ficam mais livres para o caso de surgir uma oportunidade longe daqui.

E ainda diz o "nosso" primeiro que a crise está a passar... 

Está a passar por cima de todo se a  esmigalhar-nos, isso sim!

Só assim à minha volta, de repente, lembro-me da vizinha do lado, desses vizinhos, da prima S., da prima F., da cunhada A., da Tânia R.

Só assim de repente é muita gente.

ATL ou não ATL, eis a questão

Quando soube que ia ficar de "férias" por tempo indeterminado uma das primeiras coisas que me ocorreu foi: 

"Ainda bem que o filhote está no JI público, posso tirá-lo do ATL."

O marido não achou boa ideia, mas convenhamos: 100€ que não se pagam a uma empresa são 100€ que estão em crédito para coisas como ... frutinha, carne, peixe, água, gás, condomínio...

Se bem que o horário do JI condiciona a possibilidade de entrevistas e procura de emprego, tudo se arranja e eu haveria de me arranjar.

Mas, entretanto... chanan! A empresa do marido paga o ATL. 

Assim fico menos condicionada e o filhote não sofre tanto uma mudança na rotina dele. Acho que todos ficamos a ganhar.

Dia 7 - Férinhas

Lá fui pôr o filhote de manhã à escolinha e depois vim para casa para estar pronta para ir para casa da Nanas assim que ela precisasse. As coisas por lá também não andam fáceis com o R. a ter crises asmáticas. Estes garotos matam-nos de preocupação...

Aproveitei para quê? Para editar as fotos que tirei no dia 15 quando fui a Lisboa e fazer um post com a sua publicação.

E lá fui editando e ficando à espera de sair para ficar com o R. e o marido dormindo... até que já não foi preciso ficar com o R. e saí só para buscar o filhote ao ATL.

Dia 6 - Acho que já estou a gozar férias e acabaram os dias de banco de horas...

Ora hoje  foi dia que de certeza tão cedo não se repetirá e também há muito não acontecia: foi dia de passar o dia com a mãe. 

Ia fazer análises e a minha mãe ligou ontem a saber se eu lá queria almoçar. Disse-lhe que tinha umas coisas a fazer,ela quis ir comigo andar nas voltinhas e foi muito bom.

Peguei-a às 8h40 (o marido foi pôr o filhote no JI antes de vir dormir) e fomos ara o Fórum para eu fazer as análises. Depois fomos dar uma volta pelas lojas, a mãe foi reclamar de umas coisas, eu tinha um talão de desconto da Zippy mas nada me interessou, acabei por aproveitar uns saldos para o filhote na H&M. 

Ontem o marido tinha recebido uma carta do CEFP para responder a um anúncio (estava inscrito como empregado à procura de emprego) e como não estava interessado uma das minhas voltinhas foi ir à morada que vinha na carta pedir para responder eu àquele anúncio. A resposta fez-me crer que a coisa não seria muito boa: queriam que fosse homem e o trabalho incluía trabalho nocturno mas havia ali qualquer coisa pouco transparente. Deixei o meu CV na mesma, era uma agência de viagens, olha, nunca se sabe.

Depois fomos até à retrosaria pôr finalmente a mola no casaco (por estupidez não reparei no defeito e deitei o talão fora, meses antes), deixar uma camisola para o João a arranjar (malhas e cortes e tricôt o melhor mesmo é deixar para profissionais) e comprar (mais) um par de joelheiras para umas calças do filhote. Isto tem sido um gastar de joelhos. Todas rasgadinhas, pobres calças! Felizmente agora as modernices inventaram joelheiras que se colam à roupa com uma passagem de ferro, 5 minutos incluindo o ferro aquecer e já está. 

Lá fomos a casa da mãe almoçar, resolver on-line uns outros problemas de facturação excessiva que lhe surgiram de repente e fez-se hora de vir para casa e buscar o filhote.

Ao chegar e ligar o computador um pedido da Nanas para ficar o o R. amanhã porque teria um velório. É assim a vida. chega sempre ao fim, só não sabemos quando.

Dia 5

19 de Janeiro.

Um frio de rachar.

Lá fui eu bem cedinho à FNAC, mas nada relacionado com trabalho. O tablet do filhote começou a ficar meio amalucado no fim-de-semana (mas quem me mandou a mim confiar na palavra da chefe quando colocou o autocolante a dizer que o único problema do tablet e o motivo de 70% de desconto era "apenas" falta de carregador e um risquinho  - inexistente, já agora - no ecrã?). O ecrã começou a tremelicar e começaram a aparecer outras imagens subpostas ao visor. 

A troca que devia ser directa apesar do preço não foi, teve que se ver o stock noutras lojas e mandar vir um também de saldos para não ter que pagar mais. Caraças.

A encomenda está feita,agora é aguardar que chegue.

Aproveitei para dar uma voltinha pelo Colombo, ver uns saldos, comprar umas coisas necessárias - esquecer-me que o carro tinha ficado a "quilómetros" e tinha que os fazer a pé com as compras...

Entre chegar a casa e não chegar combinei ir a casa da M. ver o meu afilhado e dar-lhe uma prenda de Natal atrasada.

Almocei a correr e lá saí eu de novo. 

Mas calhou bem ter o dia assim ocupado que o marido está no turno da noite e precisa dormir descansado.

E o frio que estava quando entrei no carro para regressar? Upa upa!

Depois fui buscar o filhote, fiz um bolinho de pêra adaptado para a bimby e acrescentei um pouco de erva-doce , sopinha, jantar... hummm, que bem que soube!

E à hora de dormir a historinha e o "mamã, podes ficar comigo até eu dormir?"...

Dias 3 e 4

Fim-de-semana.

Tão ansiado e desejado fim-de-semana. 

Tão atriçoado gozo de fim-de-semana.

Era suposto eu ter este fim-de-semana de folga. Estava na minha escala. Não tinha um fim-de-semana desde o início de Dezembro. andei a trabalhar horas a mais por causa do fluxo de clientes que o Natal provoca.

E depois, qual é a "paga"? É não gozar o fim-de-semana como um "fim-de-semana" mas sim como sábado e domingo que estão intrometidos no meio dos meus dias de compensação de banco de horas. Dias esses forçada a tirar porque o meu contrato não é renovado.

que fim-de-semana agridoce...

Pôr a matéria em dia #1

Apesar de tudo a chuvinha deixou aspirar o carro. Obrigada, sim?

Dia 2 - gozo (ou não) do segundo dia de compensação - ou será de férias?

Dia de aniversário do meu avô. 

Planeio ir lá ao fim da tarde, depois do marido vir do trabalho vamos buscar o filhote ao ATL e seguimos para felicitar o 3º ano de octagenário. É uma idade bonita se for bem vivida. Caraças... 83 anos!

Antes de tudo isso,  pela manhã, deixo o filhote no JI e vou aspirar o carro. Está um nojo. O que é bom nestas "férias" é poder fazer coisas - leia-se trabalho! - que não tinha tempo nem oportunidade para fazer e que está a ser mais que urgente. Tipo aspirar o carro. Ou limpar os vidros - para outra ocasião.

Pela tarde um café no shopping para ver a minha grande amiga que ainda não tinha visto este ano. Aproveito e deixo um CV. 

Memória fotográfica

Início do percurso: Largo do Rato. Como é que nunca - em tantos anos que percorri o trajecto a pé - reparei nesta fonte e na sua beleza?

Três pombos num ramo aureolam o topo da igreja. Perspectivas...!

Ainda há belos  painéis de azulejos ainda que mal tratados.

Só uma vista.

Só uma recordação ténue do que um dia foi um sonho.

À saída do museu.

Por aí, uma esquina. Não uma esquina qualquer. Esta tem nome.

Quão centenárias? Muito, pouco ou nada? Quantas gerações já viram descer ou subir do Bairro Alto? Ou correr para a faculdade. Ou passear...

Imensidão e poder da cidade. Séculos de história. Imponente.

Quem és e para onde olhas? O que te ocupa a mente? 

E a vida continua, seja em que época for. A cidade não pára e nada pára a cidade.

Uma folha que o inverno tornou solitária. Será que ainda lá está, só, olhando a cidade?

Cor num dia de chuva.

Portugal? Portugal?? Qual Portugal? De quem?

Solidão I.

Solidão II.

Palavras para quê?

Homenagem. Está bem, obrigada Sr. Nestlé.

Um brilho na tarde escura.

8 anos de memórias. Minhas.Tuas. Nossas.

8 anos de sentimentos. Meus. Teus. Nossos.

A luta, essa, continua. Ontem, hoje, Amanhã. 

Dia 1 - gozo do primeiro dia de compensação. Ou será das férias?

A necessidade de uns produtos vendidos unicamente em Lisboa levam-me a cumprir o meu ritual dos últimos 6 meses.

Deixo o filhote na escola, vou de carro até ao Colombo. Em vez de subir para o trabalho desço para o metro. E lá vou eu...respirar o ar de Lisboa, matar saudades da minha cidade, e comprar aquilo que já tanta falta fazia.

Último dia

Ritual igual: toca o despertador, salto da cama, preparo o filhote para a escola, tratamos da rotina matinal, deixo-o na escola e despedi-mo-nos com um "boa escola filhote" "bom trabalho mãe".

Ainda não sei de que forma hei-de contar a uma criança de 4 anos que a mãe não tem trabalho. Que as férias que ele anda a pedir - com legitimidade, entenda-se! - serão adiadas mais uma vez. Deve ser duro para um menino tão pequeno, tão meigo, tão afável e que acata com respeito o que lhe dizemos aceitar que a promessa das férias não vai poder ser cumprida. 

Chego ao trabalho, pico o ponto, atendo, arrumo,e conto o tempo para a saída que será mais cedo para compensar 1h20 em banco - fora os 3 dias completos de banco e os 10 dias de "férias".

Chega a hora de sair. tiro o colete, despeço-me dos colegas em loja, vou ao backoffice, entrego colete e chip, despeço-me - as tradicionais "recomendações" e "promessas" - passo no segurança, entrego a chave do cacifo.

Chego a casa, trago para oferecer ao filhote uma última compra naquela loja, os olhos dele abrem-se de alegria: um livro de dinossauros com autocolantes! 1000 autocolantes! Tantos para um menino que só sabe contar até 70 e mesmo assim nem tem noção ainda de quanto é 20, quanto mais 70. Ou 1000.

O que não chegou a acontecer em Agosto está a acontecer agora. O destino é uma coisa incontornável.

Porque há trilhos que percorremos mais que uma vez,ainda que essa não seja a nossa opção

Pois é. 13 de Janeiro. Apanha na curva mais uma vez. Os anos vão passando e esta curva teima em nãome deixar avançar na corrida.

De cada vez tem havido diferenças e esta não é excepção.

A idade pesa mais. A falta de actualização profissional também. A maternidade também. O género também.

Tudo pesa mais. 

Só eu é que perco peso pelo caminho.

13 de Janeiro, dia da notícia em que me irei pôr mais uma vez a caminho neste trilho.